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RHVD2 - Hemorrágica Viral 2 - PETTER

RHVD2 - Hemorrágica Viral 2

A doença hemorrágica viral de um coelho (DHR) é uma doença altamente infecciosa e frequentemente fatal, causada pelo vírus (RHDV). Em 2010, uma nova variante, RHDV2, apareceu na Europa pela 1º vez e está sendo cada vez mais diagnosticada no Reino Unido e noutros países da Europa. A doença somente afecta coelhos e algumas espécies de lebres, pois estes, são os únicos suscetíveis à infecção pela RHDV2. Medidas aprimoradas de biossegurança, bem como diagnóstico definitivo específico da variante, são importantes para limitar a propagação da doença e para selecionar a vacina correta.

Em Portugal os coelhos já são vacinados para a Hemorrágica viral e Mixomatose com a NOVIBAC como sendo a vacina mais utilizada, no entanto o alerta pede para se poderar também, a vacinação de prevenção da RHDV2. 

A RHDV2 tem uma mortalidade variável e apresentações clínicas de morte súbita na maioria dos casos. O período de incubação é entre três e nove dias e os sinais clínicos podem durar até cinco dias.

Apresentações comuns incluem:

Peracute: morte súbita em coelhos aparentemente saudáveis, sem sinais clínicos premonitórios.

Aguda: sinais clínicos de mal-estar, geralmente seguidos por pirexia (temperaturas acima de 40,1 ° C) e morte (após 12 a 36 horas). Choque circulatório com hipotensão severa, hemorragia, sinais neurológicos e vocalização estão variavelmente presentes.

Subaguda / crônica: doença clínica prolongada caracterizada por letargia, anorexia, perda de peso e icterícia severa. A morte, se ocorrer, ocorre tipicamente uma a duas semanas após o início dos sinais clínicos e geralmente se deve à disfunção hepática.

Subclínica: uma proporção de animais infectados permanece subclínica e pode libertar o vírus por até dois meses.


Mesmo assim, será a vacinação necessária? 


Isto envolverá, obviamente, avaliar o risco para o (s) coelho (s) individual (ais), mas a ampla distribuição geográfica da doença e as perdas relatadas de várias centenas de coelhos em todo o Reino Unido e noutros países da Europa e já alguns casos em Portugal, bem como impressões digitais de ADN como confirmação da causa da morte em muitos , sugere que a vacinação é fortemente aconselhável.  Além disso, acreditamos que o RVHD2 está significativamente abaixo do relatado. Como a RHD2 nem sempre se parece como a clássica RHD1, um coelho pode ser levado para o hospital parecendo doente, mas ninguém necessariamente pensaria em tratar esse caso potencialmente infeccioso de RHD2 porque é uma doença/vírus relativamente recente e isso poderá levar à morte por ser mal diagnosticado. 

Mas, e se é tudo tão "recente" será que as vacinas contra a RVHD2 funcionam?

A ERAVAC está licenciada para produzir imunidade completa em 7 dias após a vacinação. Já a FILAVAC produziu boa imunidade com proteção total contra a RHD2 em estudos feitos. Agora dependerá de qual as vacinas o vosso veterinário irá administrar e recomendar, pois nem todas as opções estão disponíveis em Portugal. 

A ERAVAC pode ser administrada a partir dos 30 dias de vida de um coelho e tem duração de 9 meses e é a mais utilizada de momento no UK e Espanha. No entanto se for administrado tão cedo, terá de voltar a repetir a dose quando tiver 10 semanas. Mas aconselhem-se com o vosso veterinário de exóticos sobre todas as opções, doses etc. 

Além da vacinação, como posso evitar que meu coelho seja afectado pela RHD? O feno poderá transmitir?

É muito improvável de se obter DHR (1 ou 2) ou mixomatose, através de feno ou ervas secas, no entanto não é impossível, isto apenas poderia acontecer caso seja feito o embalamento e armazenamento, sem as devidas normas de segurança, higiene do feno e ervas, num local onde o vírus se encontrasse e após o manuseamento de animais doentes. Mas os alimentos forrageiros podem potencialmente transportar RVHD. Tente obter plantas de áreas fora do alcance de coelhos selvagens e não apanhe nada de áreas onde a infecção seja conhecida por ter lebres ou coelho selvagens.

Aconselhamento sobre biossegurança foi dado em um webinar, mas infelizmente isso não está muito acessível nem disponível, por isso é resumido aqui: Use proteção para os sapatos (descartável) ou troque de calçado cada vez que vai à rua, especialmente em áreas frequentadas por coelhos selvagens e coloque novos animais em quarentena, use equipamentos novos tais como garrafas / tigelas para eles, nunca usados, mesmo desinfectados. Utilize o métedo de barreira paraq quaisquer casos, em que suspeite possibilidade de infeção e afastar coelhos selvagens do seu jardim ou propriedade. 

 

Como tomar a decisão sobre vacinar ou não?


Você deve discutir os riscos e benefícios de vacinar seu (s) coelho (s) com seu veterinário, que é certamente o melhor  para o aconselhar a vacinar e com que frequência. Existe o risco de qualquer animal (ou pessoa) em qualquer vacinação, mas os riscos são menores que não o fazer, razão pela qual os animais (ou pessoas) só devem ser vacinados se forem saudáveis.

Mas e as vacinas podem ser dadas juntas, ou seja, posso dar a NOVIBAC juntamente com a ERAVAC ou FILAVAC?

Não, deve haver pelo menos um espaço de 2 semanas entre a vacina Nobivac Myxo-RHD e Filavac ou Eravac.

A boa prática veterinária determina que deve haver um período de duas semanas entre as vacinações, isto porque nenhuma das vacinas foi testada em combinação, portanto, não se sabe se as respostas imunes completas podem ser alcançadas se as vacinas forem dadas juntas.

Refs: Joana Abrantes, Wessel van der Loo, Jacques Le Pendu and Pedro J Esteves (2012) Rabbit haemorrhagic disease (RHD) and rabbit haemorrhagic disease virus (RHDV): a review Veterinary Research 2012, 43:12 doi:10.1186/1297-9716-43-12 Kevin P. Dalton, Inés Nicieza, Ana Balseiro, María A. Muguerza, Joan M. Rosell, Rosa Casais, Ángel L. Álvarez, and Francisco Parra(2012) Variant Rabbit Hemorrhagic Disease Virus in Young Rabbits, Spain Emerg Infect Dis. 2012 Dec; 18(12): 2009–2012. doi: 10.3201/eid1812.120341 D. G. Westcott and B. Choudhury Rabbit haemorrhagic disease virus 2-like variant in Great Britain Veterinary Record doi:10.1136/vr.102830 Joana Abrantes, Ana M. Lopes, Kevin P. Dalton, Pedro Melo, Jorge J. Correia, Margarida Ramada, Paulo C. Alves,Francisco Parra, and Pedro J. Esteves New Variant of Rabbit Hemorrhagic Disease Virus, Portugal, 2012–2013 Emerg Infect Dis. 2013 Nov; 19(11): 1900–1902. doi: 10.3201/eid1911.130908 Detection of a new variant of rabbit haemorrhagic disease virus in France G. Le Gall-Reculé et al February 5, 2011 | Veterinary Record | 137-138 doi: 10.1136/vr.d697 Emergence of a new lagovirus related to Rabbit Haemorrhagic Disease Virus Ghislaine Le Gall-Reculé et al (2013) Veterinary Research 2013 44:81 DOI: 10.1186/1297-9716-44-81

Outras fontes úteis de informação: http://journals.plos.org/plospathogens/article?id=10.1371/journal.ppat.1005087 http://www.iucn-whsg.org/RabbitHemorrhagicDiseaseInEurope https://www.harcourt-brown.co.uk/articles/infectious-disease/rabbit-haemorrhagic-disease Webinar: http://therabbitvet.com/webinar/vhd-rhd-2-update-rabbit-haemorrhagic-disease

 

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